Andrômeda: a Princessa da Etiópia- Spoiler:
OBS: o texto não é de minha total autoria, somente busquei informações e mesclei com alguns fatos que já conheço.
Na mitologia grega, Andrômeda era uma princesa, filha de Cefeu e de Cassiopéia. Foi acorrentada a um rochedo em sacrifício a um monstro enviado por Poseidon.
Seu nome é um composto de anêr, andros ("homem", "varão") e do verbo médein ("reinar", "cuidar"), ou seja, "a que cuida dos homens", ou "a que reina sobre os homens".
Andrômeda foi vítima da hybris, do descomedimento da mãe, que pretendia ser mais bela que todas as nereidas, ou mais bela que a própria deusa Hera, conforme a versão. As nereidas (ou Hera), inconformadas e enciumadas, solicitaram a Poseidon que as vingasse da afronta. O deus do mar enviou contra o reino de Cefeu o monstro marinho Ceto, que o devastaria por inteiro. O rei, desesperado, consultou Ammon, o oráculo de Zeus, que anunciou que não haveria paz enquanto o rei não sacrificasse a sua filha virgem Andrômeda para o monstro. Cefeu não teve outra escolha a não ser sacrificar a filha, e Andrômeda foi acorrentada em um rochedo para que ela fosse devorada. Por sua imensa bondade e amor por seu reino, Andrômeda aceitou sem pestanejar o seu destino, feliz em ser o sacrifício para a salvação de Etiópia.
Em algumas versões, ela é citada nua presa ao rochedo em sacrifício a Poseidon. A sensualidade perturbadora da imagem de Andrômeda, vulnerável na sua nudez, pregada em solo rugoso, cujo corpo admirável destina-se a ser despedaçado, e a injustiça de de um sacrifício atroz e imerecido conferem à imagem uma curiosa ambiguidade. Por que esse corpo nu, essa mutilação que a espera? Ao que parece há um estádio mais primitivo do mito no qual a vítima é culpada e seu destino é uma punição. Na lenda palestina, a jovem associa-se à imagem de Afrodite, Istar ou Astarte. Seria uma imagem do desejo amoroso; sua nudez sedutora chamaria o homem ao amplexo.
Perseu, retornando após ter assassinado a górgona Medusa, encontra Andrômeda e mata o monstro Cetus. Libertada por Perseu, que com ela se casou, apesar de Andrômeda tendo sido prometida anteriormente a Phineus. No casamento, realizou-se uma desavença entre os rivais, e Phineus foi transformado em pedra por ter visto a cabeça da Górgona. Andrômeda partiu com seu esposo para Argos e, em seguida, para Tirinto, onde tiveram vários filhos: Alceu, Electrião, Estênelo, Gorgófona, Héleio, Mestor e Perses.
Os seus descendentes governaram Micenas, do baixo electrião até Euristeu. De acordo com a mitologia, Perses é o antepassado dos persas.
Após sua morte, ela foi colocada por Atena entre as constelações no céu do norte, perto de Perseu e Cassiopéia. Andrômeda também é atualmente o nome de uma nebulosa, uma galáxia-NGC 224 e uma constelação (sendo a qual Atena lhe transformou). E, também, o nome da armadura de um dos cavaleiros de bronze, o Shun, de Cavaleiros do Zodíaco.
O esquema de Perseu, Ceto e Andrômeda se repete em outros mitos da Antiguidade, como a libertação de Hesíona por Héracles e o épisódio de Cadmo e Harmonia. Também é retomado em muitas lendas cristãs e medievais, como a de São Jorge e o dragão e de quantos cavaleiros salvam suas damas em combate singular contra um dragão ou outro monstro - por exemplo, Rogério ao salvar Angélica montado no Hipogrifo -, e ainda em romances mais modernos, como o resgate de Mina Murray das garras de Drácula.