A Editora JBC lança em novembro o mangá Rurouni Kenshin: Crônicas da Era Meiji, 11 anos depois da primeira publicação brasileira da série, entre 2001 e 2003.

No ocidente, a franquia é conhecida pelo nome “Samurai X”, em alusão equivocada à cicatriz que o protagonista tem no rosto – na verdade, a forma é de cruz.

Nesta nova edição da série, por determinação do licenciador, o nome original (”Rurouni Kenshin”) prevalece. Outras mudanças incluem “o formato, que agora é igual ao original, em tankobon; o papel é off-set, e a capa, cartonada”, explica Cassius Medauar, gerente de conteúdo da JBC. Ainda, o texto passou por nova avaliação, com readaptação de algumas expressões.

“Muitos leitores queriam que o formato fosse mais próximo ao original e que o papel fosse melhor; estas foram as razões desta nova versão”, completa Cassius.

Rurouni Kenshin: Crônicas da Era Meiji estará disponível nas bancas a partir de amanhã, 6 de novembro.

Crônicas da Era Meiji
Criado por Nobuhiro Watsuki, o mangá original foi publicado de 1994 a 1999 na Shonen Jump, revista japonesa semanal da editora Shueisha.

Rurouni Kenshin é ambientado na era Meiji da história japonesa, que corresponde aos anos de 1868 a 1912. O período marca o início da modernização do Japão, após séculos de isolamento e disputas de poder entre senhores feudais.

Mais precisamente, o enredo começa no ano 11 da era Meiji (1878), em Shitamachi, distrito de Tokyo. O protagonista é Kenshin Himura, um samurai que lutou pela restauração da monarquia, o que representou a unificação política do Japão. Pela sua habilidade como espadachim, ficou conhecido como “Battousai, o retalhador”.

Por ser responsável por tantas mortes no passado, Kenshin torna-se um andarilho e faz a promessa de nunca mais matar. Sua arma característica é a sakabatou, espada fictícia cujo fio está na parte côncava, o que praticamente elimina o caráter letal de seus golpes.

O mangá conta com notas de tradução que fornecem informações sobre fatos históricos, leitura de nomes e caracteres mantidos em japonês, referências e curiosidades culturais. Por exemplo, uma nota explica sobre o “hanko”, que é o carimbo do ideograma do nome de família e que vale legalmente como assinatura até hoje.

Bem-sucedida, a franquia foi adaptada para uma série animada, videogames e, recentemente, longa-metragem com atores reais (live action).

Fonte: http://madeinjapan.uol.com.br/2012/11/05/com-nome-original-rurouni-kenshin-volta-em-nova-serie/