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[Aventura/Fantasia] Hakubone

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MensagemAssunto: [Aventura/Fantasia] Hakubone [Aventura/Fantasia] Hakubone Icon_minitimeSex 10 Jan 2014, 16:05

Capítulo I - Prefácio
Uma mulher muito bonita, com longos cabelos castanhos ondulados e esvoaçantes vestida com uma camisola semi-transparente estava amarrada com as mãos acima da cabeça presa a uma toda de madeira. Ela pisava em tacos de madeiras e galhos de árvores. Havia uma multidão ao redor dela onde parecia ser uma praça pública. Próximo a ela, um homem alto vestindo uma túnica branca com uma parte superior de uma armadura sobre a túnica e uma tocha acesa na mão direita. De repente o homem declarou em voz alta:
_Por decreto da lei suprema do Papa Babiel, você bruxa, está sentenciada à fogueira. Implore por perdão a Deus enquanto seu corpo imbuído em pecado e satanismo queima nestas chamas sagradas. Aceite sua penitência.
A mulher até então permanecia de olhos fechados e cabeça abaixada. O homem então ateou fogo aos gravetos que aos poucos começara a se espalhar pela madeira sobre qual a mulher estava.
_Queime sua bruxa!
A mulher então moveu-se calmamente e abrindo os olhos revelou uma tranquilidade serena, e movendo seus lábios como que em câmera lenta disse:
_Sobreviva meu querido.


A imagem escurecia e então um rapaz acorda do pesadelo.  Sentando-se na cama o rapaz enxuga o suor da testa e bagunça o cabelo enquanto olha pela vidraça da janela. A Lua estava encobrida por nuvens finas de forma a mostrar o branco brilho da luz.
O rapaz pega um copo d'água que estava na mesinha ao lado da cama e vê um anel dourado em uma corrente de forma a se tornar um colar. Respirando fundo ele pega o copo d'água e fechando os olhos toma um longo gole e devolve o copo à mesinha assim deitando-se para voltar a dormir.



Já era dia quando o rapaz caminhava pelo centro da cidade. O barulho do comércio de rua e o trotar dos cavalos junto com o barulho das rodas de carruagens eram comuns aos ouvidos dos moradores do reino de Tahvola.
_Ei, Jean-kun, bom dia.
Jean olhava para o lado procurando a voz que o cumprimentava embora ele soubesse exatamente de onde e de quem vinha essa voz.
_Bom dia Nadine-chan.
A garota de cabelos castanho-claros lisos e de olhos negros como carvão olhava com um olhar animado e um sorriso branco e sincero para Jean. Ela era bonita apesar de esta vestida com roupas camponesas maltrapilhas e o fedor de peixe.
_Nadine cabeça-de-peixe volte ao trabalho. Esses peixes não vão se limpar sozinhos e os clientes não vão comprar os peixes para terem que limpar na casa deles! -Gritava um homem gordo e calvo que puxava os cabelos laterais na intenção (falha) de disfarçar a falta de cabelo. Ele assim como Nadine trajava vestes surradas e remendadas, e apesar da distância Jean tinha certeza de que o velho fedia a peixe.
Nadine se voltou para o gordo que gritava para ela com uma expressão de constrangimento por ser seu apelido (que ela odiava) berrado para toda a praça.
_Já estou indo Sr. Benne-sama, já estou indo!  - Nadine voltou novamente para Jean e envergonhada disse: _Bem, eu tenho que, ér..você ouviu: Voltar ao trabalho. Foi bom te ver Jean.
A garota saiu correndo antes mesmo de Jean dizer algo. De toda forma Jean continuou caminhando pensando no por quê de Nadine aceitar ser tratada assim e por quê uma menina tão bonita feder a peixe. Ele balançou a cabeça ao repensar nas palavras "menina bonita" e então se lembrou do por quê Nadine ter essa vida: Ela assim como Jean teve sua mãe morta injustamente por ser acusada de bruxaria, e como se não bastasse o pai dela a abandonou para se juntar aos Inquisidores e manter o reino livre das manchas das bruxas.
"Tsc, como se realmente existissem bruxas!" Jean olhou pro outro lado da calçada e viu uma Loja de Esoterísmo. Na vidraça da frente da loja Jean leu uma placa escrito: A ARCA DO TESOURO RETORNARÁ PARA A COLHEITA.
"Bando de engana-trouxas. Fingem ter poderes para prever o futuro a troco de dinheiro."
Irritado por algum motivo Jean esbarra em uma senhora que trazia consigo algumas sacolas mas que devido ao choque com Jean agora estavam no chão.
_Oh, me desculpe deixe-me ajudar a senhora...
O rapaz todo desesperado junta as coisas da senhora e por um instante nota o olhar desesperado dela e percebe que ela olha e aponta para o anel dourado que Jean usa como colar.
_A Arca... O Tesouro...
Jean joga rapidamente o anel para dentro da camisa e levanta a senhora que sai esbarrando nas pessoas que trafegam pela calçada deixando para traz as sacolas com as compras.
_Senhora, suas coisas!
Mas ela já havia se distanciado. Foi quando alguém pegou Jean pelo braço e rapidamente o puxou dizendo:
_Venha comigo. Você tem que sair daqui rápido!
(...)
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Skyu

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MensagemAssunto: Re: [Aventura/Fantasia] Hakubone [Aventura/Fantasia] Hakubone Icon_minitimeSáb 11 Jan 2014, 01:27

CAPÍTULO II - Revelações

Sendo arrastado pelo braço por alguém vestindo uma longa capa com capuz, Jean continua a correr sem entender direito a situação. Quando estava deixando a cidade indo para o campo , Jean para de forma abrupta e com um movimento violento se liberta de quem o está segurando.
_Ei, ei, ei. Espera aí. Quem você é? O que pensa que está fazendo? -Diz Jean irritado olhando para a pessoa misteriosa encapuzada e esfregando o punho pelo qual foi arrastado.
A pessoa então retira o capuz do seu manto que cobria o seu rosto e revela ser uma garota. Ela era alta com cabelos castanhos lisos como um fio de água, pele clara e olhos amendoados, boca carnuda e rosa. Ela era linda mas trazia um semblante rígido e irritado, mas isto parecia ser algo momentâneo.
_É assim que você agradece quem acaba de salvar a sua vida? Tsc, sinceramente eu esperaria um "Muito obrigado linda donzela por salvar o herói em perigo de ser capturado". -Dizia a garota irritada enquanto caminhava de forma intimidadora segurando uma besta de forma ameaçadora.
Jean por um momento se intimidou com a personalidade explosiva da garota de feições tão calmas - e de certa forma com a besta apontada para o seu pescoço-. Então Jean caiu em si e com um movimento com a mão esquerda retirou a besta da mira do seu pescoço e diz:
_Muita calma ai garota! Como assim me salvar. Não era como se eu estivesse condenado a forca só por ter derrubado uma velhinha que carregava umas sacolas. E pare de ficar apontando armas na cara das pessoas. -Disse Jean de forma rápida.

_Aff, pelo visto você é realmente tão burro quanto parece. Se eu não tivesse te salvado, provavelmente agora você estaria caminhando para a fogueira. Filhote de bruxo arrogante. -Disse a garota enquanto guardava sua besta nas costas. -Sabe este anel que você carrega no pescoço? Sabe o que ele é?
Jean pega o anel preso na corrente que estava em seu pescoço e o olha tentando pensar numa resposta diferente da que ele tinha em mente, mas não pensou em nada e disse:
_É a aliança de casamento da minha mãe. Quando ela foi acusada de bruxaria e queimada em praça pública eu a guardei comigo para me lembrar dela.
A garota faz uma cara de tédio muito esforçada e diz:
_Bleah, além de burro é sentimental.
Jean faz uma careta de raiva querendo bater na garota, mas ela deixa o ar gracioso de deboche e continua dizendo:
_Este anel não é a aliança de casamento da sua mãe. Até por que la não era casada. Nenhuma das nossas antecessoras eram. Este anel é um dos tesouros da Arca. Este anel é a herança do poder da sua mãe. Este é o poder que ela passou para o seu filho. Você é o herdeiro da colheita de Joanna d'Arc, a maior bruxa-knight que já houve.
Jean dá dois passos para trás atordoado e olhando para o anel diz com uma expressão irada:
_Minha mãe não era uma bruxa!
A garota caminha até Jean e diz:
_Sim ela era. Ela era a nossa bússola que indicava o caminho das nossas vidas. Meu nome é Akuno, e apesar de tudo sinto-me honrada por salvar a sua vida, jovem herdeiro da Arca, Jean d'Arc.
Jean não entendia o que acontecia ali.
_Ei, wow, vamos parar com isso? Herdeiro da Arca? O que diabos é isso? Eu não tenho nada como poderia ser herdeiro de algo? E que transtorno de bipolaridade é esse? Você não pode ser a megera irritada em um segundo e depois ser uma donzela doce no outro...
Akuno então soca Jean no estômago e dá as costas a ele dizendo:
_Você é mesmo irritante... Vamos temos que chegar à Fazenda antes que aquela velha conte aos Inquisidores que você tem uma tesouro da Arca. E não deve demorar muito.
Jean ainda sem ar começa a seguir Akuno com medo de contrariá-la. Ele pensou em perguntar sobre a tal "Fazenda" mas ficou receoso de ser golpeado novamente. Assim ele acaba por correr para alcançar Akuno seguindo pelas planíces do campo fora da cidade.

Depois de meia-hora caminhando em silêncio, Jean tinha formulado N perguntas na sua cabeça, mas permanecia receoso em perguntar com medo de se aprofundar mais nesta loucura toda.
Procurando alguma forma de puxar assunto com Akuno, Jean se sentia desconfortável. Foi então que Akuno parou de forma abrupta e se virou para Jean:
_Vai desembucha. Essa sua vontade de falar já está me incomodando. -Akuno aproveitou e se sentou em uma rocha.
_An? O que você quer dizer? Eu não quero falar nada. Eu nem estava pensando em nada.
Akuno olhou cinicamente para Jean:
_Não é difícil para mim acreditar que você não pensa... Mas sua inquietude já está gritando. Vamos, pare de enrolar e fale.
Jean, ignorou a provocação de Akuno, mas xingava-a mentalmente. Ele respirou e disse:
_Bom, na verdade eu pensei em te perguntar várias coisas. Mas as mais importantes agora são: O que você é? O que eu sou? O que você quis dizer com "bruxa-knight"? E o que é esta tal Fazenda para onde você está me levando?
Akuno fechou os olhos e revelou um meio-sorriso que expressava diversão:
_Eu sou uma bruxa descendente de uma bruxa da ultima colheita. Você assim como eu é um bruxo descendente de uma bruxa na colheita. Na verdade, da bruxa responsável pela colheita. Bruxa-knight é uma das classes de bruxas. Uma bruxa-knight usa seus poderes através de um contrato com uma arma, no meu caso uma besta. Há outras classes de bruxas que eram comuns como as bruxas-charm que usam seus poderes para criar diversos encantamentos e as bruxas-circle que possuem afinidade com os elementos e são capazes de manipulá-los quase que a vontade. Quanto a sua ultima pergunta... Você verá com seus próprios olhos. Afinal, já chegamos.
Jean tentava assimilar as informações que havia acabado de receber enquanto tentava encontrar a Fazenda naquele vasto campo com pequenas colinas verdes que se estendiam até onde Jean podia enxergar.
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Skyu

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MensagemAssunto: Re: [Aventura/Fantasia] Hakubone [Aventura/Fantasia] Hakubone Icon_minitimeSeg 03 Fev 2014, 00:11

Capítulo III - A Fazenda

Jean procurava algo que pudesse ser a Fazenda e já pensava que Akuno estava delirando por caminhar debaixo do Sol forte. Tudo que havia ali era um extenso campo com colinas verdes.
Ele já ia reclamar com Akuno quando ela se aproximou dele e disse com uma voz suave e com palavras bem colocadas de forma a for sexy a ponto de subir uma súbita sensação de arrepio pela coluna de Jean:
_Eu preciso que você confie em mim e me acompanhe.
Akuno puxou Jean pelo braço, mas ao contrário de quando fugiram desta vez ele não estava sendo arrastado. Então Akuno disse em um tom de superioridade e de forma ritmada:
_Eu Akuno Kasher Jean, e faço dele guardião deste segredo Shilev!
Neste momento Jean pode ver um laço que parecia ser feito de luz e fumaça se entrelaçar entre o punho de Akuno e o seu. Era como se de alguma forma eles estivessem conectados naquele instante.
Jean podia sentir uma energia vindo de Akuno e tinha certeza que ela tinha a mesma sensação.
Eles se encaravam inexpressíveis quando Jean notou algo aparecendo na planície. O ar tremeluzia e começava a ficar com uma aparência desfocada revelando algo onde antes não havia nada.
Esforçando-se para ver Jean agora notava o que havia ali. Ele olhou para Akuno e ela sorrindo disse:
_Chegamos. Bem vindo à Fazenda.
Agora era tudo visível. Ali, a menos de 2 metros de distância havia uma falha em uma pequena mureta que formava um círculo imperfeito de tijolos de pedra.
O muro media cerca de 1 metro de altura. Este muro cercava uma grande área de cerca de 400.000 m². Dentro desta área, inacreditavelmente existia um mundo completamente diferente do que antes podia ser visto ali.
Dentro do muro havia uma grande construção no centro. Esta construção parecia ser feita basicamente toda de madeira. Era rudimentar mas esboçava um certo conforto. A construção era composta por uma base com um formato quadrangular. Acima do térreo havia mais dois andares com estruturas semelhantes à base mas em menor escala. E acima destes dois andares havia uma torre com uma extensão da própria torre mas muito menor.
Ao redor da construção havia uma calçada de pedras largas e pequenas placas de pedra que pareciam lápides, mas não transpassavam uma sensação mórbida ao ambiente.
Ao leste havia uma grande floresta densa que ocupava cerca de 1/5 da área total. Desta floresta corria um rio que seguia seu curso até chegar em um moinho e então desaparecia ao girar o tal moinho.
Dentro do círculo do muro de pedra haviam outras pequenas construções de madeira espalhas, mas que não se destacavam como a construção central.
E ali, no lado oeste do círculo estava uma campo árido com uma construção de rochas em pé. Isto fez Jean pensar em rituais com fogueiras e cantorias numa noite de luar brilhante.
Boquiaberto e sem conseguir piscar Jean observada tudo focando nos mais pequenos detalhes.
Tentando voltar a si Jean tenta dizer:
_Isto ...
Akuno então completa a frase:
_...é a Fazenda.
Jean olha para Akuno, voltando a si e diz:
_Sim. Imagino que sim, mas não era iso que eu ia dizer. Eu iria dizer "Isto é impossível."
_Isto não é impossível. Isto é magia. Para magia poucas são as coisas impossíveis.
Akuno então solta a mão de Jean e então o garoto percebe que ainda estavam de mãos dadas sem ele ter se dado conta disso.
_Vamos. -Disse Akuno arrumando sua besta na costa. -Temos que ir para a Casa Grande. Há alguém que deve querer falar com você. E acho que você também vai querer falar com esta pessoa também.
O garoto segue Akuno e ao passar pela falha no muro de pedra Jean sente como se passasse por uma camada de frio e adentrasse numa bolha de sabão.
Os dois agora caminhavam por uma estreita calçada de pedras-sabão até a construção no centro do círculo formado pelo muro.
Após alguns metros de caminhada, eles se encontravam de frente a uma parte sem portas ou janelas.
_E como nós entraremos se não há portas nem janelas? -Perguntou Jean.
_Mas é claro que há uma porta, olhe bem. Aqui, basta se concentrar.
Jean semi-serrou seus olhos forçando sua vista para enxergar o que não existia, até que para sua surpresa começou a ver uma falha na parede que se estendia formando frestas de uma grande porta com cerca de 3 metros de altura e 5 de largura.
_Mas onde está a maçaneta?
_Não há maçaneta. _Disse Akumo. Nós abrimos a porta com magia.
Akumo encostou sua mão sobre a porta e disse em um tom de voz totalmente diferente do seu causal:
_Sha'ar gala'!
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MensagemAssunto: Re: [Aventura/Fantasia] Hakubone [Aventura/Fantasia] Hakubone Icon_minitimeQui 27 Fev 2014, 01:36

CAPÍTULO IV - O charme atrás das estrelas

"O que ela disse?" pensou Jean.
Ele sacudiu a cabeça enquanto ouvia o som de quatro trancas de porta sendo abertas. Ele pensou em perguntar sobre as palavras mágicas, mas fez uma nota mental de perguntar mais tarde. Não queria parecer curioso demais.
A porta sem maçanetas foi dividida por um feixe de luz branca e assim abriu como duas portas de uma igreja gótica antiga.
Akumo começou a entrar na casa e disse sem olhar para trás:
_Vai ficar parado aí ou vai entrar?
Jean voltou a si começou a entrar na casa, mas imediatamente sentiu a necessidade de parar.
_W-wooow... -Exclamou Jean como quem tivesse acabado de ver alguma coisa impossível. (O que de estava acontecendo com muita frequência naquele dia).
Ele se encontrava em uma volta sem sair do lugar enquanto olhava para cima e para baixo tentando entender tudo.
Era de se esperar que a casa fosse grande como a estrutura do lado de fora mostrava, mas nada comparado "aquilo".
O salão de entrada por si só já era pelo menos 5 vezes maior do que toda a base da construção. E era cercado com grandes vidrais ordenados com cortinas brancas que cobriam do teto ao chão.  As cortinas estavam abertas e amarradas por um laço de modo a deixar a luz preencher todo o cômodo e permitir a vista do lado de fora da construção. Os vidrais circulavam quase toda a área com exceção da porta e de um pequeno espaço do lado oposto da porta.  Este pequeno espaço era ocupado por uma parede de pedras que a faziam parecer uma muralha de castelo.
E por falar em teto... O pé baixo estava à uns 15 metros do chão e possuía o formado esférico como uma abóboda de uma igreja. Essa abóboda era de uma cor azul escura, quase negra, e logo abaixo dela haviam pequenos objetos brilhantes espalhados por todo o teto. e um pouco mais abaixo um enorme arco metálico com um disco branco próximo ao centro, e um pouco mais a esquerda (o que na verdade era o leste) estava um disco dourado muito mais brilhante que os objetos, que agora ele pensou representar as estrelas enquanto os discos branco e dourados poderiam representar a Lua e o Sol respectivamente.
O cômodo era ocupado por alguns sofás de couro negro que eram dispostos perto das janelas de forma a formarem uma espécie de U (um sofá de costas para a janela e um de cada lado quase formando um quadrado). Essa sequência ocupava quase toda a entrada.
_Como isso é possível? -Disse Jean.
_Nossa, sério mesmo que você vai sempre perguntar isso? M-A-G-I-A!!! Vou ter que ficar dizendo isso sempre? -Respondeu Akumo em tom de deboche, mas com um pouco de orgulho em sua voz.
_Me desculpe. É que é tudo muito curioso pra mim. A forma como você abriu a porta, o fato do lado de dentro desta construção ser maior que o lado de fora. Este teto que se parece com o céu...-Disse Jean com um pouco de timidez por parecer bobo demais.
_Ai, ai...-Lamentou Akumo balançando a cabeça enquanto de virava para Jean.- O lance da porta foi um encantamento. Aquelas palavras eram as palavras para abrir a porta, você vai aprender isso com o tempo. Sobre o lado de dentro ser maior que o lado de fora, bem, é um feitiço extensivo muito forte que foi posto aqui pelos nossos antepassados a muito mais tempo do que alguém pode se lembrar. Quanto ao teto, bem, é dificil ver as estrelas durante o dia, então ele fica assim. Aqueles pontos luminosos são as estrelas que estão sobre nós neste momento. Aqueles são a Lua e o Sol. -Apontou Akumo para o teto-  Falta pouco para o meio-dia acho. Ela já deve estar acordando.
_Quem deve estar acordando. -Perguntou Jean tentando parecer como se não tivesse se empolgado com a explicação. (O que era exatamente o contrário, mas ele não queria dar este prazer para Akumo).
_A Senhora LaVie. Você vai conhecê-la em breve. Tenho certeza que ela irá adorar te conhecer pessoalmente.
"Ok, essa menina é meio bipolar" -Pensou Jean depois de vê-la mudar tanto de humor, passando de uma menina um pouco grossa, para uma menina carinhosa, depois uma menina um pouco arrogante e agora falando de alguém como se ela tivesse alguma admiração.
_Anda, vamos logo, quero te apresentar a ela antes do almoço.
Akumo começou a caminhar pelo salão indo para o lado oposto da porta, e Jean a seguiu mas continuava olhando para o teto com as estrelas brilhando no fundo azul-escuro.
Jean achou que Akumo estava se encaminhando para a parede de pedra, mas ele já tentava imaginar que algo aconteceria, pois ali nada parecia ser o que realmente deveria ser. E ele estava certo.
Conforme Jean foi de aproximando da parde de pedras ele pode perceber que havia algo além. A parede parecia sumir como se fosse uma neblina e quanto mais próximo da parede ele se encontrava, mais nítida a sua visão ficava e a parede desaparecia.
Ali onde a parede deveria estar havia portal ornamentado em madeira e mais ao fundo, havia um grande balcão  de madeira parecido com um balcão de atendimento de hotéis, só que um pouco mais rústico.  Atrás desse balcão havia uma prateleira com alguns objetos variados, e também uma moça.
A moça estampava um sincero sorriso com os olhos fechados.
_Bom dia Akumo-san! -Disse a moça atrás do balção.
_Bom dia Yoto-cha. -Disse Akumo parando próxima ao balcão.
_E quem é esse mocinho lindo que está com você? -Disse a garota que agora havia sido apresentada como Yoto.
Yoto agora caminhava contornando o balcão para ir cumprimentar Jean. Ela tinha longos cabeços negros, lisos. Seus cabelos estavam divididos em dois e assim enrolados em uma fita azul clara. Ela trajava um vestido cinza longo sem mangas, com algumas rendas no decote. E na cintura ela vestia um espartilho cinza um pouco mais escuro que o vestido. Não era nada muito exagerado, mas Jean acho que o vestido deixava Yoto muito bonita. O espartilho ajudava a modelar o corpo esbelto que Yoto tinha e deixava seu decote mais saliente mas sem a deixar vulgar. Ela parecia ser um ou dois anos mais velha que Jean.
Ela caminhava em direção de Jean que a via dar passos leves e encantadores.
_Este é o Jean. Jean D'Arc na verdade. -Disse Akumo.
Quando Yoto ouviu Akumo dizer o nome de Jean, ela finalmente abriu os olhos revelando uma tom castanho como um noz. Seu rosto por 2 segundos revelou uma expressão de espanto e logo voltou a expressar um sorriso acolhedor.
Dois segundos podem parecer pouco tempo, mas foi o suficiente para Jean voltar ao mundo real e deixar de se encantar pela graça de Yoto ao caminhar.
Apesar de Yoto ainda sorrir, Jean não via mais como um sorriso sincero. Parecia mais como uma pessoa querendo te fazer comprar algo.
_Muito prazer me lhe conhecer, Sr. Jean-san. Meu nome é Yoto. -Disse Yoto cumprimentando Jean com um beijo no rosto.
Jean, corou. E pode ver que isso havia ficado óbvio.
_O prazer é meu, Yoto-san. -disse Jean olhando para Yoto e tentando não parecer tímido por ela de alguma forma prender a atençaõ dele enquanto ele tem certeza que ela lança aquele sorriso com falsidade.
_Oh, por favor. Pare de encantar o menino com seu charme Yoto. Ele acabou de chegar. -Disse Akumo revirando os olhos.
Jean lembrou que Akumo estava ali, e a viu encostada no balcão.
_Me desculpe. Não foi minha intenção. Força do hábito.-Disse Yoto.
Yoto agora havia parado de sorrir, e por alguma razão isso havia feito ela perder seu encanto, como havia acontecido quando ela ouviu o nome de Jean.
_Oi? Me desculpe. Ela estava me encantado? Eu entendi bem? -Perguntou Jean depois de processar as palavras de Akumo.
_Sim. A Yoto tem essa mania de encantar as pessoas. É por isso que ela cuida de recepção da Sede. Ela consegue prender a atenção de quem quiser, e então consegue encantar as pessoas. Aí quem ela encanta fica com a mesma cara de bobão que você fez e só consegue prestar atenção nela e ela fica como uma deusa ou algo assim. Mas geralmente dura pouco tempo. -Disse Akumo como se aquilo a irritasse.
`_Ah...Acho que entendi...Ei, como assim cara de bobão? O que você quis dizer com isso? -Perguntou Jean meio provocativo depois de prestar atenção do que Akumo disse.
Yoto sorriu, mas desta vez pareceu sincero para Jean.
_Bom, de toda forma. Yoto, precisamos falar com a Sra. LaVie. Ela já acordou? -Perguntou Akumo para Yoto.
_Deixa eu ver. -Respondeu Yoto.
Yoto foi para atrás do balcão e então abriu um livro que estava sobre uma bancada do lado de dentro do balcão. Ela folheou algumas páginas do livro e então uma tabela de luz apareceu acima do livro.  
_Já sim, ela está acordada, Acho que ela está no quarto dela ainda. -Disse Yoto.
_Ótimo! Precisamos ir vê-la. -Disse Akumo para Yoto e depois olhou rapidamente para Jean.
_Vou chamar a lareira. -Disse Yoto folheando o livro enquando a tabela de luz sumia e reaparecia em outra cor acima do livro.
Yoto escreveu alguma coisa na tabela usando a ponta do dedo indicador direito. No mesmo instante a parede ao lado da estante atrás do balcão se abriu revelando uma grande lareira de dois metros e meio de altura e dois metros de largura.
Parecia uma lareira comum, daquelas de castelos ou até mesmo de casas onde as pessoas penduravam meias na época do Natal.
_Obrigada Yoto-chan. Disse Akumo enquanto caminhava até a lareira.
_Não foi nada Akumo-san. -Respondeu Yoto.
Jean seguiu Akumo até a lareira antes mesmo que ela lhe dissesse para o fazer. E quando deu por si, Akumo e ele estava dentro da lareira.
Aquilo era estranho. Mas tudo ali era estranho, então Jean nem comentou isso.
E o que era estranho iria ficar pior.
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